av Alexandra Couts
376,-
Toda a poesia é ficção. Recorrendo ao inconsciente, a personagem central deste livro fala-nos, na voz feminina, do visível e do invisível. Do visível e do invisível do amor, da morte, da infância, das cidades, da miséria e dos traumas mais profundos reprimidos na e pela humanidade. A Rapariga Transparente observa um mundo habitado pelo caos, pelo desespero e pela crueldade, mas, também, pela aflição do sujeito em ser amado e compreendido. Ela, a personagem central, observa, sem contudo ser observada. A tentativa de compreender o amor e o mundo, traduzem a sede de se ser compreendido, tornando-se, assim, visível para o outro, ou para os outros. A leitura que Alexandra Couts fez de autores surrealistas durante a sua ainda jovem maturidade (ou imaturidade), é notória em muitos dos poemas que integram Rapariga Transparente. O amor, a morte, as distâncias, a metapoesia e o erotismo continuam a ser temáticas recorrentes e fundamentais na obra poética da autora.